A banda Tribo de Jah em sua música intitulada “Globalização, o delírio do Dragão”. Possibilitou-me refletir, diversos trechos me chamaram a atenção, das quais destaco dois trechos:
“Os dirigentes do sistema impõem seu lema
Livre mercado, mundo educado para consumir e existir sem questionar
Não pensam em diminuir ou domar a voracidade
E a sacanagem do capitalismo selvagem
Com seus tentáculos multinacionais querem mais, e mais, e mais
Lucros abusivos
Grandes executivos são seus abastados serviçais
Não se importam com a fome, com os direitos do homem
Querem abocanhar o globo, dividindo em poucos o bolo
Deixando migalhas pro resto da gentalha, em seus muitos planos
Não veem seres humanos e os seus valores
Só milhões e milhões de consumidores”
Globalização é uma falsa noção do que seria a integração,
Com todo respeito a integridade e a dignidade de cada nação
É a lei infeliz do grande capital
O poder da grana internacional
Que faz de cada país apenas mais um seu quintal
É o poder do dinheiro regendo o mundo inteiro
A música faz uma crítica ao neoliberalismo e à globalização e seus reflexos em países menos desenvolvidos, bem como na população desses países (periféricos). A música nos chama a atenção que “a globalização” gera exclusões, pobreza, aumentando assim a desigualdade social em todo o mundo. Entretanto, a música questiona a ideia de que a globalização é um processo primordial para o desenvolvimento, e defende que ela é uma ilusão que tem sido imposta as pessoas, quando menciona “Globalização, o delírio do dragão!”.
Ao se buscar analisar o documentário denominado “Encontro com Milton Santos: o mundo global visto do lado de cá” pode-se observar que o geógrafo brasileiro (Milton Santos), demonstra como os países periféricos têm sido afetados pela globalização, implicando muitas vezes na destruição de meio ambiente e culturas locais. Além, claro, da elevação das desigualdades. O documentário buscou lançar possíveis alternativas para uma globalização que busque um desenvolvimento sustentável e mais justo, demandando a valorização da diversidade cultural e a proteção do meio ambiente.
Por fim, nota-se que as duas obras (a música e o documentário) dão um enfoque de que a globalização é um processo complexo e paradoxal que veem produzindo tanto benefícios quanto prejuízos para a sociedade. Ademais as obras são categóricas no entendimento de que o neoliberalismo geram estagnações em países periféricos e em sua população.