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Atividade 2.1

lei nº 13.415/2017, o que era para ser um sucesso, tornou-se um retrocesso

lei nº 13.415/2017, o que era para ser um sucesso, tornou-se um retrocesso

por João Paulo Rodrigues dos Santos - Número de respostas: 4

A partir do que estudei no material disponível, da Semana 2, e do artigo que li, "Educação profissional e a reforma do Ensino Médio: lei nº 13.415/2017" (2018), dos autores Costa e Coutinho, pude perceber que, embora haja esforços para fazer com que o Ensino Médio contribua para a qualificação para o trabalho e a formação para a cidadania, ainda é preciso muito mais do que marcos legais educacionais para se ter um ensino, no nível médio, que, de fato, se comprometa com a formação crítica dos indivíduos em idade própria para o referido ensino. Isso porque, ainda que o Ensino Médio tenha sido reformulado, a partir da lei nº 13.415/2017, a separação entre indivíduos 'feitos para pensar' dos indivíduos 'feitos para trabalhar' ainda continua.

Dito de outra forma, a criação de itinerários formativos que tenham, por exemplo, o ensino técnico como possibilidade de garantia de uma profissionalização do estudante, sobretudo os pobres e negros, não afasta a possibilidade de haver uma discriminação negativa em que uns são destinados a gozar da intelectualidade, como se fossem 'cabeças da sociedade', e outros estão fadados a atividades manuais, como se fossem 'pés e braços da sociedade' – sobretudo os pobres e pretos.

A partir do ponto de vista crítica aqui levantado, pode o leitor ser levado ao engano de entender que sou contra a educação profissional e técnica, Longe disso! Advogo uma educação profissional e técnica que seja integrada ao Ensino Médio, em toda a rede pública de ensino, em vez de não ser apenas um 'puxadinho' seu. Isto é, não basta oferecer cursos profissionalizantes através de itinerários, sem que haja, antes, uma estrutura que acomode os melhores cursos, profissionais de ensino acadêmica e tecnicamente preparados, além de terem ‘notórios saberes’. Além disso, para que a lei nº 13.415/2017 tenha efeito prático positivo, é preciso que as instituições de ensino ofertem, de fato, uma gama de cursos, a fim de que os discentes possam escolher a formação técnica que melhor lhe apraz, sem que com isso se encerre em tal formação, dispensando uma formação universitária, por exemplo, visto que, ao se limitar em uma formação técnica e profissional, pode incorrer no risco de se tornar apenas ‘pés e mãos’ de uma sociedade que quer manter os pobres distantes dos saberes intelectuais – os quais são os mais cobiçados.

Por isso, assinto que, ao que parece, o problema não está na forma, em si, em que se propõe um itinerário formativo que tenha disponível a educação profissional e técnica, mas sim no conteúdo, isto é, faz-se mister que haja, de fato, o interesse de formar, de maneira integrada, os discentes, lhes oferecendo sabres técnicos e intelectuais, os quais possam ajuda-los no mundo (do trabalho) e na sua formação integral (social, psicológica, física, ética, estética e política). Dito de maneira mais clara, a ideia de integrar a educação profissional e técnica ao ensino médio por meio dos itinerários integrativos é muito boa e importante, porém, restam dúvidas acerca de sua implementação e manutenção desta modalidade, sobretudo no tocante à demanda de verbas por parte da União e Estados.

 

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Re: lei nº 13.415/2017, o que era para ser um sucesso, tornou-se um retrocesso

por Karina Ribeiro Soares Reis -
Olá,
Excelentes explanações, se realmente o poder público cumprisse a lei da forma correta poderíamos pensar numa tentativa de reforma, mas com o sucateamento da educação realmente o ônus cairá nas mãos do professor e do aluno.
Em resposta à João Paulo Rodrigues dos Santos

Re: lei nº 13.415/2017, o que era para ser um sucesso, tornou-se um retrocesso

por Vanessa Coelho de Andrade -
O artigo destaca um possível retrocesso na reforma do Ensino Médio no Brasil (lei nº 13.415/2017). Ele aponta a persistência da separação entre educação intelectual e profissional como um problema, que pode ampliar desigualdades e estereótipos. Embora a integração da educação profissional seja proposta, na prática ela não é eficaz, resultando em segregação. O retrocesso é evidenciado pela falta de abordagem holística e igualitária, com a formação técnica frequentemente vista como inferior à intelectual. A ausência de uma estrutura sólida, professores qualificados e opções variadas também é criticada. Em suma, o retrocesso reside na não realização da visão de uma educação integrada, igualitária e efetivamente implementada.
Em resposta à João Paulo Rodrigues dos Santos

Re: lei nº 13.415/2017, o que era para ser um sucesso, tornou-se um retrocesso

por Maria Alice Nascimento Santos -
Sua observação em relação à reforma do Ensino Médio e à integração da educação profissional e técnica revela uma compreensão perspicaz. Sua análise enfatiza a necessidade de uma abordagem mais abrangente e justa, garantindo que a educação técnica seja valorizada no mesmo nível que a formação acadêmica. Suas apreensões sobre a implementação e financiamento são relevantes, ressaltando a importância dos recursos para o êxito dessa reforma. Seu entendimento das complexidades da educação demonstra uma perspectiva global que almeja proporcionar uma formação completa e equitativa para os alunos.
Em resposta à João Paulo Rodrigues dos Santos

Re: lei nº 13.415/2017, o que era para ser um sucesso, tornou-se um retrocesso

por Rosiane Vilaça de Melo -
Olá colegas! Um ponto que me chamou a atenção nas colocações do colega João Paulo é onde ele cita sobre o itinerário formativo ajudar no mundo do trabalho e sua formação integral. Certo dia, conversando com uma aluna da escola onde trabalho, na parte da noite, ela relatou que mesmo que, ainda não esteja trabalhando durante o dia, preferia realizar o 1º ano naquele período, pois o formativo integrado não oferecia disciplinas que a ajudariam de maneira profícua para o mercado de trabalho. Ainda segundo ela esse itinerário formativo oferece uma carga horária extensa o que deixa o aluno bastante cansado com disciplinas com pouco aproveitamento.