O artigo oferece uma perspicaz análise crítica da Lei nº 13.415/2017, que instituiu a Reforma do Ensino Médio no Brasil, focalizando especialmente sua influência sobre a esfera da educação profissional. Os autores empreendem uma investigação minuciosa da lei, a qual consideram um possível revés nas políticas voltadas para a formação profissional, que historicamente se viram subordinadas às imposições do mercado de trabalho e aos imperativos inerentes ao sistema de produção capitalista. Argumentam que a mencionada lei, ao invés de fortalecer a valorização do ensino técnico, negligenciou aprimoramentos na formação docente para essa modalidade, enquanto também promoveu a noção de "notório saber" em detrimento de uma formação pedagógica sólida. Os autores levantam a inquietação de que a lei poderia, inadvertidamente, fomentar a formação de profissionais especializados em detrimento da criação de educadores habilidosos e qualificados para atuar no campo da educação profissional.