Trabalhei em uma escola de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no estado do Ceará. Nesta instituição, adotávamos uma grade curricular inovadora, baseada em módulos, com sequências de provas e aulas tanto coletivas quanto individuais. No início da minha prática pedagógica, fui designado para o laboratório de informática, onde tínhamos à disposição 25 computadores para apoiar as atividades dos professores da base comum.
Neste espaço, conduzíamos aulas coletivas interativas, utilizando principalmente estratégias como pesquisas direcionadas na internet e apresentação de filmes. Visitas periódicas e reuniões na Secretaria de Educação do estado do Ceará, em conjunto com o Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE), indicavam a necessidade de uma abordagem mais participativa no laboratório de informática. Por meio da conscientização sobre a importância do laboratório como recurso pedagógico, conseguimos integrar as atividades direcionadas a este espaço ao currículo educacional da escola.
Essa mudança significativa teve um impacto notável. Houve uma adesão por parte dos professores, inicialmente relutantes, à prática, e os alunos demonstraram um interesse renovado pela interação com a tecnologia. A interatividade foi potencializada, especialmente no que diz respeito à busca de informações e pesquisa na internet. Tudo isso foi possível graças à inserção da prática pedagógica do Laboratório Educacional de Informática (LEI) no currículo desta unidade educacional.
Após o êxito dessa experiência, o estado, por meio do NTE, conduziu um estudo para replicar essa prática em todas as EJAs do estado. No entanto, ao longo dos anos, o NTE foi descontinuado e algumas das atividades conquistadas foram perdidas.