(Não consegui abrir nenhum dos dois links da apostila, portanto, assumi que se tratavam do clipe da música Another brick the wall , da banda Pink Floy e o vídeo Tempos Modernos, do Charlie Chaplin). 

O primeiro vídeo relaciona-se diretamente com o conceito tradicional de currículo que, conforme explicitado na apostila,  são "modelos curriculares hegemônicos, etnocêntricos e supostamente neutros".  O vídeo mostra que a crítica vai muito além da letra, com elementos gráficos que simbolizam a ideia da banda contrária ao sistema de educação: alunos com rostos padronizados, demonstrando uma perda de identidade oriunda de um sistema hegemônico que tem como principal função a utilização de moldes repressivos. Um professor autoritário que atua de forma a ser o único detentor do conhecimento, se portando como autoridade máxima, não possibilitando abertura para que os alunos desenvolvam pensamento crítico, criatividade e não há espaço para liberdade de expressão (assim como o modelo de currículo tradicional). 

Podemos afirmar que a introdução do segundo vídeo (Tempos modernos) se correlaciona com o primeiro vídeo, mostrando a padronização do sistema industrial, onde trabalhadores são submetidos a um trabalho manual repetitivo e exaustivo que deverá ser executado no menor tempo e com a maior perfeição possíveis, visando apenas a produtividade e o lucro da indústria. No vídeo é possível observar que o personagem de Charles Chaplin não consegue alcançar com êxito as tarefas impostas, tentando se ausentar por algum tempo para descansar e espairecer. É possível também observar que esse tempo não lhe é dado, sendo a ele vetado uma pequena pausa. Podemos relacionar o vídeo às teorias críticas do currículo que questionam a padronização e debatem que os currículos devem ser entendidos como “espaço de resistência, como forma de libertação da opressão econômico-capitalista e possibilidade de emancipação a partir da conscientização”, indo completamente contra o modelo tradicional de currículo (assim como o modelo tradicional de produção taylorista-fordista).