O Currículo como Confluências e Práticas é uma abordagem que nos ajuda a entender o currículo escolar como algo complexo e dinâmico, que é influenciado por diversos aspectos e agente sociais. Por isso, ele deve ser constantemente avaliado e revisto, para que esteja sempre em consonância com a sociedade daquele momento.
Um exemplo que posso citar do meu cotidiano é a avaliação curricular que atualmente estamos fazendo no curso superior em que dou aula. A a avaliação curricular está sendo realizada de forma participativa, envolvendo todos os agentes envolvidos no processo, a fim de ter uma estrutura que se adeque aos anseios daqueles que dela se beneficiam.
Interessante seu relato. Essa autonomia na construção do currículo é de extrema importância no ensino. contudo, no ensino médio onde atuo, tudo já chega aos professores pronto, é muito difícil essa mobilidade curricular. Até mesmo pela continuidade dos estudos e pelas avaliações que o percurso exige dos estudantes. Avaliações essas que valorizam mais um conhecimento do que outro.
Boa tarde, Laís. Minha experiência é diferente da sua. Estou há menos de 1 ano na atual instituição onde leciono Geografia. Quando cheguei, documentações como a ementa do curso, bibliografias básicas e outras, já estavam estabelecidas. Já tentei questionar alguns pontos da ementa (ultrapassada, tradicional, em alguns momentos genérica por demais e noutros muito específica), mas as respostas são sempre vagas.... tem que esperar um momento específico de avaliação institucional que ocorre a cada X anos e que ninguém sabe precisar quando será, não pode mudar isso, não pode mudar aquilo... Faz-se reuniões para coisas do dia a dia como por exemplo, numa dia desses, uma reunião de 15 professores + departamento pedagógico + atendimento estudantil para discutir sobre "trocar ou não um aluno de turma a pedido da família". Entretando, para outras questões muito relevantes e que atingem a TODOS - como as questões curriculares - não há nenhuma mobilização, nem por parte da instituição nem por parte de outros docentes... e como sou o único docente da minha disciplina no meu campus, não consigo ainda me fazer ouvir sobre a necessidade de repensar o currículo proposto, por exemplo. Assim, acabo por ficar sempre na demanda de reformular, remodelar, encontrar brechas... e isso, diante do volume de aulas e do tempo disponível, acaba por se tornar uma tarefa extremamente cansativa.