A noção de "currículo como confluência de práticas" nos remete à ideia de que o currículo não é um conjunto estático de conteúdos disciplinares, propondo uma concepção de que ele é o resultado dinâmico e complexo da interseção e interação de diversos elementos e contextos e de várias práticas, influências e atores relacionados à educação, que acabam forjando a experiência de aprendizado dos estudantes.
Em minha prática educacional no ensino de Geografia nos anos finais do Ensino Fundamental, assim como na docência do ensino superior em cursos de graduação e espacialização, verifico que essas influências são múltiplas, incluindo políticas educacionais (de diferentes ESCALAS governamentais e, às vezes, representativa de maneira variada para cada REGIÃO), práticas pedagógicas (de diferentes seres humanos , com DIVERSIDADES em termos de ORIGEM GEOGRÁFICA, idade, área e tempo de formação, experiência de vidas, etc.), cultura específica de cada unidade escolar (diferentes LUGARES e PAISAGENS) e sua comunidade local (Distintos TERRITÓRIOS), etc.
Assim, tenho fomentado em mim e em meus colegas de trabalho a necessidade cotidiana de um posicionamento crítico em relação ao currículo, de modo e enfatizar e valorizar a complexidade e a dinâmica envolvidas na elaboração do currículo, o que demanda uma abordagem mais reflexiva e inclusiva da educação, considerando-se a interação mútua dos diversos fatores e atores na construção colaborativa de um currículo que seja relevante, significativo e assertivo para os estudantes, potenciais dinamizadores do ESPAÇO GEOGRÁFICO VIVIDO e protagonistas da construção de um MUNDO que pode ser muito melhor.