A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a Reforma do Ensino Médio, em sua essência, são movimentos importantes na educação brasileira, uma vez que existe a necessidade de alterações no sistema e na estrutura escolares que vigoram há tantos anos. A BNCC busca estabelecer um conjunto de habilidades e conhecimentos essenciais para todos os estudantes, promovendo a equidade no ensino. No entanto, podemos enxergar isso como uma tentativa de padronização excessiva, deixando de lado as diferenças regionais e individuais. Já a Reforma do Ensino Médio, ao propor uma flexibilização curricular e a ênfase em áreas específicas de conhecimento, objetiva, na teoria, tornar o ensino mais alinhado às demandas contemporâneas. Contudo, percebe-se, assim, uma visão de que os estudantes mais pobres focarão no ensino técnico, focado para o meio de trabalho, enquanto os mais ricos terão uma variedade de aulas complementares e ''atualizadas''. Isso pode, também, agravar desigualdades, visto que nem todas as escolas têm estrutura adequada para oferecer as novas opções de disciplinas. É fundamental, então que essas duas iniciativas sejam realmente avaliadas e ajustadas para garantir uma educação inclusiva e de qualidade para todos os estudantes brasileiros.
Oi Vítor !!! A proposta da reforma curricular no âmbito do Ensino Médio surge das demandas da sociedade contemporânea em prol de uma educação alinhada à realidade dos estudantes e articulada aos desafios do mundo atual. Atendendo a isso, cada estado organizou seus currículos com base no aparato legal dos documentos orientadores. No entanto, a implementação desses novos currículo enfrenta grande desafios. Muito se tem questionado sobre a estrutura curricular, sobre a FGB, sobre a carga horária, percursos formativos e entre outros da reforma, o que faz com que o MEC dispusesse de novas consultas públicas, novas discussões, reformulando a estrutura curricular em seus pontos questionáveis.
Em resposta à Vitor Azevedo Abou Mourad
Re: BNCC e o novo Ensino Médio
por Hortencia Helena e Silva Gonzalez -Oi Vitor,
A influência dos setores privados nas elaborações e aplicações desses documentos amplia e evidencia as desigualdades, sim. A unificação de currículos, em que a participação de quem faz e vive a escola não foi tão determinante, é preocupante. Há precarização da educação escolar pública e mercantilização escolar privada que precisam ser pautas ao pensar nas políticas públicas educacionais.
Não assegura disciplinas como sociologia, filosofia e história na construção cidadã é não entender ou não querer cidadãos.
A influência dos setores privados nas elaborações e aplicações desses documentos amplia e evidencia as desigualdades, sim. A unificação de currículos, em que a participação de quem faz e vive a escola não foi tão determinante, é preocupante. Há precarização da educação escolar pública e mercantilização escolar privada que precisam ser pautas ao pensar nas políticas públicas educacionais.
Não assegura disciplinas como sociologia, filosofia e história na construção cidadã é não entender ou não querer cidadãos.