A BNCC do Novo Ensino Médio, instituída em 2018, tem gerado discussões e críticas desde sua implementação. Um dos pontos negativos refere-se à flexibilização curricular, que, embora proporcione maior autonomia para as escolas, também pode resultar em desigualdades, já que instituições com mais recursos podem oferecer uma variedade maior de itinerários formativos.
Além disso, a BNCC segue uma perspectiva mais utilitarista, centrada na formação técnica e profissionalizante, em detrimento da formação integral dos estudantes. Essa abordagem pode negligenciar aspectos fundamentais do desenvolvimento humano, como a formação crítica, cultural e cidadã.
Outro ponto foi a falta de diálogo efetivo com educadores e especialistas durante o processo de construção da BNCC, o que levanta questionamentos sobre sua legitimidade e representatividade. A centralização na definição de conteúdos específicos pode limitar a flexibilidade necessária para lidar com as diversidades regionais e individuais.
Em suma, embora a BNCC do Novo Ensino Médio tenha como objetivo trazer mudanças positivas, é crucial reavaliar alguns pontos e buscar aprimoramentos para garantir uma educação de qualidade, equitativa e alinhada aos valores democráticos e humanísticos.