A proposta de uma reformulação da BNCC publicada pelo Boletim (texto 1) se torna problemática. Na medida que é exposto estrutura de sistemas educacionais de países de primeiro e segundo mundo não pode apenas "jogar" essa organização e curricular educacional em um país que passa por desigualdade na estrutura escolar. Depois de muitas lutas no meio estudantil sobre a democratização escolar, essa ideia sobre o "novo ensino médio" só reforçaria a seletividade que hoje gradualmente passa por mudanças para a educação inclusiva e justa para as camadas populares. O artigo (Texto 2) salienta muito bem como o novo ensino médio pensado pelo o governo Temer foi visto pelo o capitalismo como um lucro financeiro reorganizando uma educação que atenda a lógica do mercado ressuscitando a figura do professor com notório saber e retirando e/ou flexibilizando disciplinas estratégicas (Costa, Silva, 2019). Ao meu ver essa "organização" da estrutura curricular não foi tirada de um debate coletivo ou de quem compõe a comunidade escolar (gestores escolares, professores, pedagogos...), foi apenas uma decisão que beneficia um lado minoritário.