Muitos são os embates a cerca da implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aprovada em 2017. A busca por um currículo comum que servisse de referência e englobasse os direitos de aprendizagem e um ensino pautado em competências e habilidades estava prevista desde 1988 na Constituição Federal e em 1996 com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96. A crítica é feita justamente a maneira como tais documentos são empurrados pela garganta dos educadores sem o mínimo de consulta e de formação para compreensão do que se trata.
A partir das leituras realizadas observamos que reforma do ensino médio se propunha a aumentar a atratividade desta etapa da educação, no intuito de formular e trazer para a realidade currículos que dialogassem com o contexto em que jovens de hoje estão inseridos e também com o mercado de trabalho. Evidentemente isso não aconteceu, uma vez que ainda não houve essa implementação e as discussões ainda continuam a acontecer.
Como podemos observar os itinerários formativos que estão presentes dentro dessa nova proposta de ensino médio estão sendo propostos e implantados, com poucas opções e algumas situações descontextualizadas. Além disso, ela não previu os recursos financeiros necessários para que houvesse de fato alguma escolha curricular por parte dos estudantes, simplesmente tudo foi formulado por uma minoria sem a consulta da sociedade e principalmente dos seus protagonistas. É preciso urgentemente repactuar um novo modelo, uma nova proposta que seja condizente com a realidade dos estudantes.