Ao longo da minha experiência docente, tenho trabalhado com alguns alunos diagosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e percebo que, apesar de não possuírem grandes dificuldades em relação à aprendizagem dos conteúdos, a maioria deles tem grandes dificuldades de interação social com os colegas e até mesmo com os professores. Tratam-se de alunos que recebem acompanhamento especial e, na maioria das vezes, só conseguem interagir com o(a) professor(a) de Apoio. Outra situação que me chama a atenção é que alguns desses alunos com TEA, mesmo após a pandemia, continuam utilizando máscara em sala de aula.
Como forma de contribuir com a aprendizagem desses estudantes e permitir que eles se tornem mais participativos e envolvidos durante a aula, busco me aproximar da carteira deles sempre que possível e orientá-los de forma mais clara e organizada quanto à realização das tarefas, pois percebo que além das dificuldades de interação social, a maioria desses estudantes apresenta dificuldades de organização pelo fato de terem muitas disciplinas. Tenho percebido ainda que quando estabelecemos uma rotina no ambiente escolar para esses estudantes, consequentemente, o rendimento deles melhora. Acredito, portanto, que a rotina e a organização das tarefas a serem cumpridas contribui com uma melhor noção de tempo, espaço e da própria disciplina a esses estudantes.