O debate sobre a aplicação da BNCC se estendeu durante alguns anos e envolveu a classe política, assim como o setor privado. Sou da opinião de que os maiores afetados por essa dinâmica, professores e estudantes, foram os menos ouvidos no percurso. A exemplo do documento do Instituto Unibanco, boa parte dos argumentos favoráveis são respaldados em contextos internacionais que, muitas vezes, não condizem com a realidade brasileira, assim sendo, as especificidades devem ser levadas em consideração. Dessa forma, como o exposto no artigo, volta-se a crítica da mercantilização da educação promovida por uma perspectiva neoliberal, que dificulta a aplicação de uma pedagogia que seja libertadora e que forme integralmente o estudante sem reduzir a sua formação a uma mão de obra desqualificada e despreparada para as demandas do século.