Olá a tod@s!
Mais uma semana rica em informações. A palestra de Franck Ramus,intitulada
"Tudo o que você sempre soube sobre educação e é falso" nos leva a refletir sobre o que de fato pode contribuir para o processo de ensino-aprendizagem. A partir da palestra, veio-me na mente uma série de temas em moda, atualmente, os quais muitos os descrevem como a "panaceia para todos os males da educação", os quais não irei citá-los
Concordo plenamente com a afirmação de que "todos nós temos crenças do que funciona e o que não, e isso pode nos enganar sobre a eficácia das metodologias, métodos e práticas que melhorem o processo de ensino-aprendizagem". De fato, quando acreditamos cegamente em algo que funciona isso nos impossibilita a enxergar caminhos virtuosos, que poderiam funcionar melhor, ou de modo mais tranquilo, mas que por razões de "zona de conforto" não nos permitimos "navegar por outros mares". Essa é uma situação muito comum no dia a dia do ser docente, mas que, em parte, é compreensível dada a elevada carga de trabalho que recaí sobre o professor.
Outro ponto que me chamou a atenção - com o qual concordo, e defendo na minha vida como professor - é que a reprovação não é a solução para que o aluno possa reaver tudo aquilo que ele não conseguiu aprender. Óbvio que não defendo que se negligencie o processo, aprovando todo mundo, até mesmo aqueles que tiveram baixo desempenho. Não é isso!
Como bem disse a Profa Lucia Helena, na palestra da primeira semana, precisamos educar para a vida, e essa frase também se aplica a este contexto, de tal modo que devemos analisar se aquele conteúdo no qual o aluno se saiu mal será realmente útil para a vida dele, e em qual contexto será utilizado?
Em 2022, na minha Instituição, um aluno, já repetente, foi para o conselho de classe novamente. Tinha ficado reprovado em algumas disciplinas, mas seu caso foi analisado pelo conselho, por dois motivos: tinha alcançado a maioridade e, possivelmente, se reprovasse novamente não voltaria para concluir. Defendi enfaticamente que o aluno progredisse, que fosse considerado aprovado. O conselho decidiu pela aprovação. Resultado: o aluno fez o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), alcançou nota geral para ingressar no curso de medicina, um dos mais concorridos no Brasil, em três Universidades Federais. Todos ficaram pasmos com o resultado.
Era um aluno que apresentava bastante dificuldade de concentração, inquieto (não lembro se foi diagnosticado com algum transtorno), mas que em determinadas disciplinas ele apresentava algum desempenho.
Isso me fez refletir ainda mais no que eu já acreditava (talvez, uma crença minha), e que também já fora discutido aqui no curso de pós-graduação em docência: precisamos conhecer nossos alunos, apesar de ser difícil dá conta de tarefa tão árdua, principalmente quem tem muitos alunos, como na realidade brasileira. Mas buscar conhecê-los minimamente ajuda muito no processo de ensino-aprendizagem.
Ao finalizar mais esta disciplina, estou cada vez mais empolgado e feliz por saber que aquilo que tenho praticado no meu dia a dia docente, com meus alunos, faz sentido por outros que fazem educação.