Sou professora e trabalho num curso de inglês na coordenação pedagógica. Em 2022 tivemos a matrícula de um aluno autista, um rapaz de 17 anos que se dedicava ao máximo para realizar as tarefas e desenvolver num novo idioma. Infelizmente, esse aluno não chegou a terminar o semestre, passou por diversos problemas pessoais, depressão, trocas de medicamentos, internações... e o apoio familiar foi bem precário durante todo o processo. Sei que fizemos o possível para dar suporte ao seu desenvolvimento, mas ainda assim, sinto que falhamos muito por não estarmos nem um pouco preparados para o caso dele. Foi nesse momento que decidi procurar formas de como auxiliar mais os alunos e os professores para que essa experiência não se repetisse.
Esse ano temos um aluno de 10 anos, ele conseguiu finalizar o semestre com maestria e está ansioso pelo próximo livro. Sei que são casos bem distintos, mas sinto que estamos mais organizados para apoiá-lo durante o seu processo de ensino aprendizagem e essa especialização e, principalmente, essa disciplina me fazem mais confiante para buscar formas de suporte para essas situações.
Vimos diversos tópicos extremamente importantes nessa disciplina, educação no campo, educação de jovens e adultos, legislação, estratégias pedagógicas... sem dúvidas, uma disciplina que trouxe um engrandecimento absurdo para todos nós e um olhar diferente, mesmo para realidades tão distantes da nossa realidade, como educação quilombola e indigena. Como mencionado em uma das palestras assistidas, temos uma única educação nacional e precisamos lutar para que ela seja eficiente e igualitária.