Observa-se que, atualmente, as decisões políticas e administrativas são dirigidas a operar a implementação de procedimentos e ações pertinentes ao conteúdo e aos objetivos das políticas capitalistas. Os debates modernizantes se concentra na competição, na flexibilização das relações de trabalho, na segurança jurídica, na abertura do mercado, na diminuição dos gastos públicos, no ajuste fiscal, nas privatizações, na diminuição do Estado, por exemplo. Nessa perspectiva, as políticas educacionais voltam-se à pretensão de constituírem-se em ferramentas de mudanças sociais que sejam, supostamente, capazes de promover a adaptação do indivíduo às novas exigências ditadas pela agenda econômica e pelos desafios da sociedade tecnológica. A empresa é definida como modelo organizacional para a escola, onde se podem aferir resultados quantificáveis, medir e controlar. Nesse sentido, por exemplo, instituem-se avaliações que desconsideram os cenários educativos reais, desconectadas das peculiaridades e necessidades específicas vinculadas às diversidades locais e regionais. O conhecimento é reduzido à sua dimensão cognitiva, traduzido em acúmulos quantitativos, mensuráveis. O aluno é classificado como "bom" pelas altas notas, assim como a escola é classificada como "boa" pelo número de alunos classificados em universidades, por exemplo. O conhecimento termina sendo reduzido a um produto.
Reprodução de práticas da administração fabril no ambiente escolar
por Cícera Ericênia Alves Pereira - Número de respostas: 1
Em resposta à Cícera Ericênia Alves Pereira
Re: Reprodução de práticas da administração fabril no ambiente escolar
por Joao Francisco Barreto Caiafa Balbi -Essa medida faz com que as questões humanas e sociais, além da saúde mental, sejam deixadas de lado pelas escolas.