Ainda não tiver a possibilidade de contar com alunos com autismo em sala de aula, porém, já tive aluna com deficiência intelectual e já pude ouvir de outros colegas de profissão sua experiência com alunos autistas em sala de aula.
Na minha experiência com minha aluna que possuía deficiência intelectual, o grande desafio pedagógico era justamente sua aprendizagem, a adaptação das atividades para a mesma, visto que, sua deficiência a limitava muito em termos de aprendizagem, por mais adaptada que a atividade fosse, parecia-me sempre complicado para que ela executasse até mesmo com auxilio, mesmo compreendendo os limites da minha aluna, para mim era muito difícil perceber o tempo passar e ela não conseguir executar os aprendizados exigidos, sentia-me culpado por não conseguir, mesmo compreendendo que os limites de aprendizado dela eram muito reduzidos. Todavia, mesmo que a mesma não conseguido desenvolver a grande maioria de aprendizados dos conteúdos, só o fato de ter aprendido as letras do seu nome e de desenvolver algumas habilidades fisiológicas como segurar o xixi para poder fazer no banheiro (ação que antes ela não conseguia e nem avisava que o queria fazer), isso para mim, mesmo que pouco para alguns, para ela sem dúvidas foi um enorme passo.
Em relação aos autistas e incluindo ainda também minha aluna com deficiência intelectual, o fato de muita das vezes não ter um monitor especializado em sala de aula, acaba por prejudicar os alunos que precisam desse acompanhamento e também acaba por prejudicar os professores que muita das vezes tem que atender a uma demanda de 20 alunos em sala. O monitor especializado nestes casos, colaboraria e muito no atendimento das crianças com deficiência, neste caso especifico, os autistas. Ou seja, sob supervisão do docente, o monitor especializado faria o acompanhamento do aluno nas tarefas escolares, e em necessidades outras, sempre o auxiliando e nunca fazendo-o por ele, pedagógicamente, isso traria excelentes resultados para sala de aula quando que, ao ser acompanhado o aluno com autismo poderia executar suas tarefas, ser cada vez mais participativo em sala, o docente receberia sempre relatório de desenvolvimento do aluno em relação as atividades propostas e o mesmo conseguiria mesmo que pouco atender os demais estudantes e seus alunos com necessidades especiais, visto que, o ensino em sala de aula, muita das vezes ocorre de maneira generalizada para todos, todavia, mesmo que ocorra desta forma, um atendimento individualizado deve ocorrer para que o docente esteja ciente dos avanços e dificuldades de cada um, seja esse um aluno típico ou atípico.