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Atividade 2.1. Fórum obrigatório

Relato de experiência com pessoa com autismo

Relato de experiência com pessoa com autismo

por Samuel Giovani dos Santos Ferreira - Número de respostas: 1

Até hoje não conheço pessoalmente pessoas com a Síndrome de Rett, diferentemente do autismo. Sou professor do Atendimento Educacional Especializado e tenho contato direto com crianças com autismo. Também tenho uma prima que tem uma filha de 3 anos com autismo. Falarei sobre esse caso, pois convivi com a Betina, filha da minha prima, desde bebê. 

Por atuar na área da educação especial, comecei a perceber que o desenvolvimento da Betina não era apropriado para a sua idade. Percebia déficits na interação social, na comunicação e comportamentos repetitivos e estereotipados (olhar para luzes, rodar a hélice do ventilador, deitar com as pernas para cima com os brinquedos presos aos pés, sorrisos sem causa aparente e etc.).

E como dizer algo sem parecer alguém que está rotulando a filha da pessoa? Vivi esse dilema até que passassem a notar, também, que acontecia algo diferente com a Betina. Então me perguntaram e orientei que buscassem consultar com outros profissionais porque, de fato, tinha algo que precisava de uma maior atenção. Depois de alguns atendimentos com neuro, ela foi diagnosticada com autismo.

No caso das intervenções, defendo que devem começar o quanto antes e levar em consideração as várias dimensões do desenvolvimento humano: cognitivo, motor, social e etc. No âmbito pedagógico, considero que cada pessoa é única e as suas necessidades específicas vão balizar o trabalho a ser realizado. Entretanto, pontuo que, para dar certo, esse trabalho necessita do envolvimento da escola, da família e da articulação com as áreas da educação e da saúde, principalmente.

Em resposta à Samuel Giovani dos Santos Ferreira

Re: Relato de experiência com pessoa com autismo

por Mailson Santos Pereira -
Que desafiador Samuel.
Ter familiares com caraterísticas de uma Síndrome e ter o cuidado de não rotular, nem dizer à família o que fazer, até aguardar que esta família busque orientação não é tarefa fácil.
Que bom que perceberam o quanto antes e que ela pode ser diagnosticada e acompanhada.
Como você mesmo indicou, o quanto antes começarem as intervenções pedagógicas, com foco no quadro do estudante, é possível garantir o direito deste estudante à educação, e colaborar para uma sociedade onde as diferenças sejam respeitadas e cuidadas em suas especificidades.