Trabalhei por aproximadamente três anos como monitor em um Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSI), e essa vivência tem sido muito útil para mim. Como professor do ensino médio, tenho a chance de lecionar para uma estudante diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Desde o início, ficou claro que a abordagem pedagógica precisaria ser ajustada para atender às necessidades específicas dessa aluna. Uma das estratégias adotadas por toda a equipe escolar foi estabelecer uma comunicação clara e consistente. Durante as aulas, observei que a aluna respondia de maneira positiva às atividades propostas, especialmente com a assistência da cuidadora. Outro ponto crucial foi abordar a questão da interação. Em colaboração com a professora de Atendimento Educacional Especializado (AEE), conduzimos discussões abertas sobre diversidade e inclusão, promovendo uma cultura de compreensão e respeito. Sua adaptação na escola foi bastante rápida, tendo em vista que boa parte dos colegas de classe já a conhecia desde o ensino fundamental, contribuindo para criação de um ambiente onde a aluna se sentia apoiada pelos colegas. Ao longo desse período, testemunhei um notável progresso na aluna. Sua autoconfiança aumentou, e ela passou a se envolver mais ativamente nas atividades acadêmicas e sociais.