O trabalho escolhido foi o denominado "Eu Sou Assim: Essa é a Cor da Minha Pele" da autora Almerinda Cristina Oliveira de Souza Sobral. O estudo em questão emerge da percepção da professora diante das dificuldades enfrentadas por crianças negras na região Amazônica para se identificarem e se autorrepresentarem em desenhos, autorretratos e pinturas.
O estudo está ancorado nas ações afirmativas, como a Lei 10.639/03, e na urgência de discutir e visibilizar o protagonismo negro nas escolas, alinhando-se à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que destaca o direito da criança de construir sua identidade pessoal e cultural. Infelizmente, a construção da identidade negra na Amazônia revela-se desafiadora, dada a lacuna histórica e o apagamento da presença negra na região.
O objetivo central da pesquisa é promover valores e atitudes que fortaleçam a autoestima e a identidade racial na infância, contribuindo para o respeito à diversidade étnica. Assim, o foco está na superação de situações discriminatórias por meio de uma educação antirracista. A pesquisa originou-se a partir de observações em uma turma do 2º período da Educação Infantil, utilizando o método de Estudo de Caso e abordagem qualitativa.
O Estudo de Caso baseia-se em observações e experiências, buscando responder às perguntas "como" e "por que". A abordagem qualitativa concentra-se em aspectos não quantificáveis, como significados, motivações e valores. O projeto "Eu Sou Assim: Essa é a Cor da Minha Pele" utiliza o lápis rosa ou salmão como ponto de partida para desmistificar a representação da cor da pele, estimulando a autoaceitação e a construção de identidade racial.
O projeto alcançou resultados significativos ao utilizar atividades como a exibição do filme "A Fera do Mar", autorretratos e a leitura do livro "Menina Bonita do Laço de Fita". A participação das famílias fortaleceu o processo, proporcionando uma visão positiva da identidade racial. A reação de uma mãe, que testemunhou a transformação na autoimagem da filha, destaca a eficácia do projeto.