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Atividade 4.2.: Fórum temático (Avaliativo)

"Eu Sou Assim: Essa é a Cor da Minha Pele" de Almerinda Cristina Oliveira de Souza Sobral

"Eu Sou Assim: Essa é a Cor da Minha Pele" de Almerinda Cristina Oliveira de Souza Sobral

por Juliana Gomes Pantoja - Número de respostas: 1

O trabalho escolhido foi o denominado "Eu Sou Assim: Essa é a Cor da Minha Pele" da autora Almerinda Cristina Oliveira de Souza Sobral. O estudo em questão emerge da percepção da professora diante das dificuldades enfrentadas por crianças negras na região Amazônica para se identificarem e se autorrepresentarem em desenhos, autorretratos e pinturas.

O estudo está ancorado nas ações afirmativas, como a Lei 10.639/03, e na urgência de discutir e visibilizar o protagonismo negro nas escolas, alinhando-se à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que destaca o direito da criança de construir sua identidade pessoal e cultural. Infelizmente, a construção da identidade negra na Amazônia revela-se desafiadora, dada a lacuna histórica e o apagamento da presença negra na região.

O objetivo central da pesquisa é promover valores e atitudes que fortaleçam a autoestima e a identidade racial na infância, contribuindo para o respeito à diversidade étnica. Assim, o foco está na superação de situações discriminatórias por meio de uma educação antirracista. A pesquisa originou-se a partir de observações em uma turma do 2º período da Educação Infantil, utilizando o método de Estudo de Caso e abordagem qualitativa.

O Estudo de Caso baseia-se em observações e experiências, buscando responder às perguntas "como" e "por que". A abordagem qualitativa concentra-se em aspectos não quantificáveis, como significados, motivações e valores. O projeto "Eu Sou Assim: Essa é a Cor da Minha Pele" utiliza o lápis rosa ou salmão como ponto de partida para desmistificar a representação da cor da pele, estimulando a autoaceitação e a construção de identidade racial.

O projeto alcançou resultados significativos ao utilizar atividades como a exibição do filme "A Fera do Mar", autorretratos e a leitura do livro "Menina Bonita do Laço de Fita". A participação das famílias fortaleceu o processo, proporcionando uma visão positiva da identidade racial. A reação de uma mãe, que testemunhou a transformação na autoimagem da filha, destaca a eficácia do projeto.


Em resposta à Juliana Gomes Pantoja

Re: "Eu Sou Assim: Essa é a Cor da Minha Pele" de Almerinda Cristina Oliveira de Souza Sobral

por Flávio Augusto Gomes Rosendo -
Prezada Juliana, excelentes apontamentos. Práticas antirracistas começam com a conscientização. Como afirmava Paulo Freire, com razão, a educação, quando é libertadora, liberta não apenas o oprimido, mas também o opressor. Processos sutis de opressão e desigualdade tendem a se expressar nas relações sociais. É preciso muito diálogo para promover a verdadeira libertação, sem ferir, e persuadir sem oprimir. A verdadeira democracia começa na escola. Segundo Conceição Evaristo, a questão do negro não é para o negro, é para toda a sociedade brasileira. Por isso, esse projeto teve a virtude de sensibilizar pessoas e crianças brancas para que, desde a infância, aprendam e reproduzam práticas antirracistas.